18 março, 2012

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28 outubro, 2008

Portneilar
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28 setembro, 2008

A evolução tecnológica

Infância; medo e curiosidade

O tempo passa, as coisas mudam se transformam e vão surgindo novos inventos, uns com pouco sucesso e outros superando todas as expectativas. Assim é a ciranda das descobertas, dos avanços científicos, enfim, das mudanças que afeta a vida comum do homem no mundo moderno.
Hoje me deparo com as lembranças de minha infância, como era difícil o acesso as informações, pois tudo era distante e as pessoas viviam de forma isolada num mundinho tranqüilo a mercê da ignorância e certo abandono, mas ao mesmo tempo muito felizes e solidários.
Lembro-me, quando garota com os olhos faiscando e ouvido colado naquela tamanha caixa que de dentro saia vozes, sons de jeito inexplicável, tudo mais parecia uma mágica, aqueles botões, pilhas e ao toque dos dedos pessoas falavam, riam, escutava-se música e tudo aquilo era tão próximo que na inocência de criança, acreditava no que papai dizia; “que havia pessoas ali dentro daquela caixa”, a qual muitas vezes tentei conversar para ver se realmente me ouviam, mas era sempre em vão..É claro, pois afinal, aquele objeto era o mais importante aparelho informativo chamado Rádio.
Foi pelo rádio que comecei apreciar a música e seus ritmos . Ah, já ia esquecendo de dizer que nos ligávamos o rádio somente quando papai não estava em casa, pois esse direito só cabia a ele. Logo na sua ausência, quanta alegria em poder ouvir músicas em meio conversas e gritos com as irmãs menores, depois breve silêncio para escutar e copiar rapidamente a letra da música preferida no papel e cantar. Também tinha os programas da Tia Leninha, com o quadro “História da minha vida”; e as novelas do rádio que me encantava e fazia sonhar com um mundo cheio de fantasia.
Mas este encanto durou até eu perceber que no mundo o homem era um ser fantástico, capaz de fazer coisas incríveis com sua inteligência brilhante.Assim como o rádio aconteceu com o telefone, a energia elétrica. Tudo foi ocupando lugar em minha vida com situações muitas vezes cômica..
A evolução da lamparina, foi também um episódio marcante de minha vida,pois com seu uso noturno levantava de manhã com a ponta do nariz todo preto, cabelo cheirando fumaça e entre brincadeiras os pêlos do braço sapecado no fogo dando cheiro de pena queimada. Quanta maluquice! Você deve estar achando estranho não è? Pois acontecia isso e muito mais sobre a luz da lamparina, resultado das tarefas da escola deixada para fazer a noite, sob pressão da mamãe que incansavelmente sabia que o incentivo aos estudos era tudo que poderia dar a seus filhos.
Enquanto isso a passos largos, lá fora já estava em processo de aperfeiçoamento, uma das descobertas mais incríveis e inovadoras que iria ligar o mundo, as pessoas, sem distinção racial ou social, o “Computador”.
Hoje, essa máquina misteriosa cada vez mais vem nos surpreendendo, com sua multiplicidade de uso. A maioria dos jovens e crianças já tem acesso a ela e são chamados de nativos, pois sabem lidar e controlar de maneira que não deixam qualquer novidade passar em vão e sobre um click inofensivo vão descobrindo coisas mirabolantes.Enquanto muitos adultos mal têm a coordenação motora sobre aquele “ratinho” chamado Mouse. Meus filhos, são exemplo claro disso, pois ao me ver conversando com alguém on-line no MSN ou orkut ficam zombado, falam que durante o bate-papo eu escrevo muito certinho, com todas as regras gramaticais do Português, enquanto eles abreviam o mínimo possível, chegando até a inventar loucas palavras, criando sua própria linguagem virtual. É, sou realmente uma migrante no meio da informática, ainda tenho medo de tocá-la assim como o rádio, pois com a repreensão dos meus pais em limitar o que poderia mexer sem estragar, criou-se o trauma de infância com a incapacidade e o medo de ir além. Coisas que só a psicologia explica. Minha intimidade com o computador não foi muito diferente, pois tive muita resistência em aproximar-me realmente dela e querer descobrir e aprender seus benefícios.
Talvez hoje, ainda me considero uma analfabeta digital em relação ao conhecimento sobre a utilização do computador como ferramenta de trabalho, mas acredito que conforme as necessidades vão surgindo e para não me sentir um “peixe fora d’água” tenho procurado me inteirar e aprender sobre essa tecnologia e suas linguagens para competir com meus filhos a arte da descoberta no mundo conectado.


Neila R.Torres,
Terra Nova do Norte M.T.